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Cosme Rímoli - Blogs

Nada de Neymar, Mbappé, Messi. PSG venceu a inédita Champions ao apostar no técnico Luis Enrique. Foi a final com a mais bela história

O PSG finalmente rompe a barreira de ‘novo-rico’. Ganhou finalmente a Champions League. E de forma arrebatadora. Venceu a tradicional Inter de Milão, por 5 a 0, na maior goleada da história das finais. Luis Enrique celebrou Xana. A filha que morreu aos nove anos

Cosme Rímoli|Do R7

Luis Enrique festejado. No braço esquerdo, o X, primeira letra do nome da filha Xana, que morreu, aos nove anos Uefa

Foi difícil para a família real do Catar aceitar.

Desde que comprou o PSG, em 2011, a ostentação era uma necessidade quase física.

E foram comprados estrelas de todo o mundo.

Ibrahimovic, Messi, Neymar, Cavani, Mbappé.


Jogadores que eram mais importantes que qualquer treinador, qualquer esquema.

Egocêntricos, se consideravam maior que o clube e fracassaram na missão principal.


Vencer a Champions League, aporte para deixar de ser um clube ‘novo-rico’ e se tornar respeitável.

E o caminho traçado foi espetacular.


Até chegar hoje, dia 31 de maio de 2025.

Vitória espetacular, arrasadora, incrível diante da Inter de Milão, o time com melhor defesa do torneio, até hoje no Allianz Arena, em Munique.

5 a 0.

A maior goleada em finais da Champions, em todos os tempos!

Foram 14 anos de frustração.

Depois de implorar para Mbappé ficar no PSG, apelando inutilmente até para o presidente francês, Emmanuel Macron, a família real catari resolveu ouvir Luis Enrique e apostar em um elenco jovem, sem estrelas consagradas e que se achavam o centro do universo.

Foi assim que o espanhol apostou nos meias Vitinha (25 anos), Khvicha Kvaratskhelia (24 anos) e João Neves (20 anos), e no atacante Désiré Doué (19 anos), peças-chave do time que fez uma campanha histórica na Champions League.

O torneio teve novo formato, muito mais competitivo.

Mas antes é obrigatório destacar que esse time, com média de idade quatro anos mais novo que o vice-campeão da Champions em 2020, 23 anos e oito meses!

E que o PSG, que comemora hoje o inédito título, venceu o Campeonato Francês desta temporada.

De forma invicta.

Não perdeu um jogo sequer.

O time que começou titubeante na fase de classificação, nos jogos eliminatórios foi crescendo, jogo a jogo.

Nos playoffs das oitavas, eliminou o Brest por 3 a 0 e 7 a 0.

Veio o favorito Liverpool nas oitavas.

Derrota em casa por 1 a 0. Troco, na Inglaterra, o mesmo 1 a 0.

E na decisão por pênaltis, vitória por 4 a 1.

Nas quartas, o Aston Villa perdeu duas vezes, 3 a 1 em Paris e 3 a 2, na Inglaterra.

Na semifinal, outro favorito despencou, o Arsenal, por 1 a 0, na Inglaterra e 2 a 1, em Paris.

Veio a decisão da Inter de Milão.

Comandada por Inzaghi, o time havia despachado o Barcelona na semifinal.

Era o time com a melhor defesa da competição.

Marquinhos levantou a cobiçada taça. Só ele restou do time titular, que fracassou na final de 2020 Uefa

Vibrante, moderno, intenso, compacto.

Mas tudo isso se desintegrou diante do PSG impositivo, que encurralou, sem medo, o time italiano.

Era óbvio que Inzaghi não esperava tamanha ousadia de Luis Enrique.

Hakimi e Nuno Mendes eram pontas, desesperando Dumfries e Dimarco, que se transformaram em laterais.

Vitinha, Fabian Ruiz e João Neves eram absolutamente ofensivos, não trocavam bolas à toa.

Foram destrinchando o sistema defensivo italiano.

Mas o show estava na movimentação inacreditável de Dembélé, Kvaratskhelia e Doué.

Não guardavam posição, mostravam inteligência, vibração e destruíram psicologicamente a zaga que protegia.

Sommer estava desesperado com tamanha blitz, que ou o jogo todo dando chutões.

Em 19 minutos de pressão total, 2 a 0, Inter.

Hakimi, logo aos 11, Doué, o melhor da partida, fez o segundo, aos 19.

O PSG seguiu sufocando os italianos, que continuaram acuados o primeiro tempo todo.

No segundo, tudo piorou.

O PSG seguiu incisivo.

Doué, marcou novamente, Kvarastschelia e Mayulu completaram a goleada histórica.

5 a 0.

E inédito título conquistado.

Mas desde o primeiro tempo, as câmeras procuravam a estrela do PSG.

Luis Enrique.

Seu drama pessoal foi exposto.

Dez anos atrás, no mesmo estádio, ele comemorava a conquista da Champions.

Era sua primeira temporada como treinador.

E já vencia o cobiçado torneio com o Barcelona.

Sua filha caçula, Xana, adorava comemorar.

Os dois fizeram história celebrando a conquista daquela Champions.

No gramado, pai e filha brincavam.

Luis Enrique e a filha Xana, em 2015. Ela morreu com nove anos. Hoje, o treinador a homenageou Reprodução/Site Barcelona

Há uma foto célebre, dela carregando a bandeira do Barcelona no meio-campo, ao lado de Luis Enrique.

Ela tinha cinco anos.

Quatro depois, ela morreu de câncer ósseo.

Com apenas nove anos de vida.

O maior trauma na vida do treinador espanhol.

E de qualquer pai.

Ele havia feito uma promessa.

Se o PSG fosse campeão, ele celebraria com uma camiseta com a foto da filha.

E foi o que fez, muito emocionado.

Os jogadores do PSG coletivo e destruidor que montou não deixaram por menos.

O atiraram para o céu, várias vezes.

Sabiam que ele era o responsável pela conquista histórica, inédita.

E que Luis Enrique comemorava como a maior vitória de sua vida.

Foi o jogo que fez o mundo chorar de emoção por Xana...

Veja também: Comemoração no vestiário do PSG após a conquista da Liga dos Campeões

Confira os bastidores do vestiário do Paris Saint-Germain e veja ao presidente, jogadores e comissão técnica do clube comemorando o título da Liga dos Campeões em Munique.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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